Entre todas as possíveis vítimas da modernidade, da pós-modernidade e do capitalismo nenhuma é tão vulnerável e vitimizada quanto a criança. Os adultos cometem os crimes contra a civilização, contra a cultura e contra o bom senso, mas são as crianças que pagam.
Nós devemos considerar as crianças como tesouro inestimável a ser resguardado por todo e qualquer povo que deseje sobreviver e prosperar. A afirmação de que elas representam o futuro não é clichê, é a pura literalidade. Neste mesmo sentido, deve-se considerar como abominável todo ataque à integridade física, mental ou moral da criança.
A pedofilia é um esporte das elites, milhões são anualmente abortados sem justificativa, crianças são mutiladas ou injetadas com hormônios sexuais por causa dos delírios ideológicos de seus pais, enormes esforços são empreendidos por lobbies pós-modernos para tentar moldar a educação infantil, a indústria do entretenimento e da moda cria desfiles para crianças, ensaios sensuais para crianças, maquiagem para crianças, roupas adultas para crianças.
Em alguns canais da TV americana (Disney, Nickelodeon), enormes suspeitas são levantadas sobre a participação de gente envolvida na indústria pornô na direção e produção de programas infantis e adolescentes. “Estrelas” infantis desses tipos de programas geralmente acabam tendo uma vida conturbada, desregrada e autodestrutiva.
Se a infantilização de adultos, que também tem ocorrido progressivamente em nossa época, deve ser considerada um problema civilizacional e uma tendência negativa (adultos vestidos de bebês, adultos se vestindo e se comportando como pré-adolescentes, etc.), incontáveis vezes pior devem ser consideradas essas tentativas, sempre suspeitas, de adultizar a infância.
Hoje, querem que crianças (uma categoria humana conhecida por dizer “Sou o Homem-Aranha!”) escolham o próprio sexo, às vezes até que tenham posicionamento político e filosófico. Acreditam, inclusive, na possibilidade de criança “dar lição de moral” ou representar algum tipo de sabedoria superior que deve ser levada mais a sério que a opinião de adultos.
Todas essas tendências estão misturadas, mesmo que cada uma tenha origens específicas distintas. Todas derivam de uma perda da noção de qual é o papel da criança na sociedade: um papel, fundamentalmente, de aprendizado, de preparação para a idade adulta, à qual ela chega após ultrapassar certas “provas” e que implica novas responsabilidades e privilégios.
E por mais que o núcleo do problema seja uma perda da noção de limites objetivos (por exemplo, de que há um papel específico para a criança e um papel específico para o adulto, tal como há um papel específico para o ancião) na sociedade, que apenas um esforço revolucionário total pode restaurar, a um nível mais prático e direto, estamos lidando com uma tendência que não faz mais que potencializar e “normalizar” a pedofilia.
É imprescindível dar um fim a essa aberração social.