O Líbano deve olhar para o Oriente e abandonar o Ocidente

Na geopolítica nada é casual. A sincronia entre a explosão do porto de Beirute, a eclosão de protestos extremamente organizados e a oferta de salvação feita por Macron não podem ser considerada coincidência.

Por mais que o Covid-19 tenha sido instrumentalizado pelo 0,001% para produzir um Grande Reset por engenharia social, a explosão maciça do porto de Beirute já está sendo instrumentalizada pelos suspeitos habituais para manter o Líbano escravizado.

Diante de “protestos” no estilo de uma revolução colorida tão oportuna, o atual governo libanês liderado pelo primeiro-ministro Hassan Diab já se demitiu.

Mesmo antes que a parte terrestre do porto explodisse, Beirute havia solicitado uma linha de crédito de US$ 10 bilhões ao Fundo Monetário Internacional. Ela foi negada, é claro, enquanto as “reformas” do consenso neoliberal de Washington, tais como uma redução radical das despesas públicas, demissões em massa e privatização generalizada, não fossem implementadas.

Após a explosão, o presidente francês Emmanuel Macron, que nem sequer é capaz de estabelecer um diálogo com os Gilets Jaunes/Coletes Amarelos em casa, saltou oportunisticamente em modo totalmente neocolonial para se fazer passar por um salvador do Líbano – desde que as mesmas “reformas”, é claro, sejam implementadas.

Fonte: Asia Times

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Pepe Escobar

Analista geopolítico independente, colunista para o The Cradle e editor do Asia Times.

Artigos: 597

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