O mercado de trabalho está cada vez mais violento:

Fechamos 2017 com mais de 400.000 pessoas sabidamente desempregadas no Brasil. Um número estrondosamente grande: são centenas e mais centenas de famílias gravitando entre a necessidade e a miséria. E se levarmos em consideração os sub-empregados e os trabalhadores escravos, o número triplica.

A verdade é que não há nada mais insalubre que o mercado de trabalho sob o capitalismo:

– Filas quilométricas sem a menor garantia de empregabilidade;

– Exigência de experiência para basicamente todas as funções (primeiro emprego? Melhor procurar um McDonald’s para ganhar R$ 700,00 por mês. Migrar de área, pois não encontra emprego na sua área? Melhor vender balas no sinal);

– Processos seletivos maçantes e envoltos de truques e pegadinhas, como se fosse necessário dominar uma ciência para passar por uma entrevista/processo seletivo sem problemas;

– Salários baixos e em queda;

– Condições de trabalho cada vez mais precárias (estima-se que, até 2019, 26,8 milhões de trabalhadores passem a englobar a categoria do precariado);

– Oferta de emprego excedendo em muito a demanda por trabalho.

E podemos esperar coisas ainda piores em nosso país, fruto da Terapia de Choque neoliberal das contra-reformas da maldita Junta #Temer.

Sob o capitalismo, o homem serve à economia e não o contrário, sendo a razão de ser do trabalho, não a produção, visando satisfazer as necessidades primordiais de uma dada coletividade, mas o acúmulo de capital, visando enriquecer um pequeno número de oligarcas e burgueses – que especulam e jogam com a necessidade alheia. E se um sistema econômico serve apenas a um pequeno punhado de especuladores, rentistas e parasitas, é um dever moral, heroicamente, suplantá-lo e substituí-lo por outro, que atenda às necessidades da maioria do povo e das famílias brasileiras.

Uma outra verdade é que o Brasil nunca precisou tanto do socialismo como hoje. Nunca precisou tanto de um regime sócio-econômico capaz de orientar a produção em prol do bem-estar geral da Pátria e de quem nela vive.

E esse regime não nos será dado. Precisaremos conquistá-lo – em algum momento, isso será uma questão de sobrevivência.

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Nova Resistência
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