Pátria liberta, Povo livre

       “A pátria não consiste em símbolos vazios e truncados ou em uma pompa vazia. O país é uma comunidade de homens, é uma tarefa. É projeto, é dialética, devir, sentido de futuro.” (John William Cook)

A Pátria (longe de ser uma abstração burguesa extraída do tronco da modernidade) é uma comunidade humana atrelada a um destino e a um sentido histórico comum.

Existe, no Brasil, uma infinidade de pequenas-pátrias, que são as diversas comunidades orgânicas que constituem o nosso país em sua base. Chamamos essas pequenas-pátrias de pátrias carnais.

Do mesmo modo, existe uma Pátria brasileira, central, historicamente herdeira do mundo Ibérico(católico) e da América Portuguesa, principal fonte de alimentação de todas as pátrias carnais circundantes. Chamamos essa Pátria de Pátria Histórica.

E seguindo essa linha, podemos falar ainda de uma Pátria Civilizacional, uma Pátria Grande, formada pelos países latino-americanos que surgiram do esteio dos conquistadores europeus e que partilham de uma série de elementos comuns, que vão do sangue a língua, da religiosidade a economia.

Assim definida, fica bem mais fácil visualizar que a ideia de Pátria, necessariamente, corresponde a ideia de Povo. Que a Pátria nada mais é que a face política das massas populares. E que a realização plena de uma pressupõe a plena libertação da outra.

Em outras palavras: não existe libertação nacional sem revolução social.

E o Brasil precisa das duas. Urgentemente.

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