O Estado brasileiro é marionete das corporações

Não passa um dia sem que se descubra mais algum podre sobre políticos brasileiros, envolvendo subornos, compras de medidas provisórias ou leis, tudo ligado à Odebrecht, Camargo Corrêa e outras corporações.

O que fica claro é o seguinte: não há Estado no Brasil, enquanto instância de tomada de decisões políticas soberanas. Há apenas uma burocracia formal a serviço do grande capital privado.

Essa burocracia legisla em prol dessas corporações e recebe dinheiro delas para isso. Nesse sentido, fica definitivamente provado que a democracia liberal brasileira não passa de uma farsa, um jogo normal que só serve para legitimar acordos políticos que ocorrem por debaixo dos panos.

A noção de “representação política” é uma fraude. Câmara e Senado não passam de prostíbulos. O seu funcionamento é um show de ilusionismo, com ritos e procedimentos formais para nos impressionar, mas com todas as decisões já previamente tomadas em jantares, telefonemas, e-mails trocados.

O sistema político brasileiro foi desnudado perante os olhos de todos, em toda sua podridão. Naturalmente, as forças que pretendem se beneficiar disso são tão ou mais nefastas quanto a velha elite que tem sido exposta pelas delações. Querem eliminar partidos para fundar outros partidos iguais ou piores. Querem tirar corruptos para exaltar outros corruptos ou entreguistas que “pelo menos não são corruptos”, mas que vão causar até mais dano que os corruptos.

Se deve haver um Brasil, então um verdadeiro Estado deve ser estabelecido no Brasil. Para isso, toda a classe política brasileira deve ser posta para fora de suas posições de poder.

Para isso, deve haver Revolução.

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