Faleceu em Moscou neste dia de hoje (17 de março), aos 77 anos, o escritor e ativista político russo Eduard Limonov. Essa informação já foi confirmada pelos veículos oficiais do partido Outra Rússia, uma coalizão de movimentos políticos e cívicos de orientação socialista e nacionalista, entre os quais estava o Partido Nacional-Bolchevique, fundado por Limonov nos anos 90, ao lado do jovem Aleksandr Dugin.
Sua morte foi anunciada publicamente por Sergei Shargunov, deputado da Duma pelo Partido Comunista da Federação Russa e editor-chefe da revista Yunost. A causa mortis não foi especificada e os meios de comunicação de sua organização prometeram mais informações para os próximos dias. Pelo que se sabe, Limonov estava internado há alguns dias por problemas de saúde, mas estava lúcido e aparentemente bem.
Especulações sobre o coronavírus foram levantadas, mas recordamos aos nossos leitores que a pandemia está relativamente bem controlada na Rússia; ela avança muito lentamente em comparação com outros países graças às medidas restritivas emergenciais impostas pelo governo e ainda não houve qualquer morte pela doença naquele país.
Eduard Limonov foi uma das figuras mais notórias, controversas e originais do mundo político e literário russo. Era parte do que poderíamos chamar de “oposição patriótica” a Putin: aquela categoria de opositores que não compactuavam com o projeto euro-atlantista de destruição da Rússia defendido pela oposição liberal.
Ele nos deixa mais de 70 livros e ensaios escritos, além do exemplo de homem de ação, tendo combatido na Bósnia pelo povo sérvio e enviado camaradas para a defesa do Donbass.
Да, смерть!
